sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O nascimento da apressadinha Duda: alegrias e angústias...


O parto da minha pequenina estava previsto para o final de setembro,começo de outubro...
Porém,decidida como toda leonina (ela já sabia ,aha!) na manhã do dia 08/08/2007 minha bolsa rompeu.
Fomos para o hospital e ficamos sendo monitoradas, aguardando nosso médico para resolver o que seria feito (como se já não imaginássemos!),mas o bonitão não apareceu e nem deu satisfação alguma (mas isso é outra história e já nos resolvemos: eu o “perdoei” e tive até que votar nele,por falta de opção,hehe).
Então,ás 23:00hrs tive que ser transferida ás pressas para Santo Amaro ( uns 30km da minha casa) .
Não deu tempo de pegar sua linda mala rosa,de avisar os avós,os tios, os vizinhos,os amigos...
Minha pequena ia nascer... seus batimentos cardíacos indicavam sofrimento.
O caminho entre a sala de exame e o centro cirúrgico,para mim, foi mais longo do que o entre um hospital e o outro.
Eu estava num lugar “estranho”, com um médico que nunca tinha visto na vida e com um turbilhão de pensamentos me apavorando.
O meu instinto de mãe,por mais que as enfermeiras tentassem me acalmar, me dizia que algo não ia bem.
Ás 00:55hrs,do dia 09/08/2007, Duda veio ao mundo,num parto de urgência.
Mal pude ver minha princesinha,que sequer chorou,apenas “miou” e já foi levada á UTI Neonatal,por onde permaneceu por longos e intermináveis dias.

O começo de tudo: A magia de estar grávida (novamente)!!!


Um belo dia,me dei conta de que minha menstruação estava atrasada...
Na verdade,foi o João ,meu filho, que “descobriu”: mamãe tem um neném aí na sua barriga,disse inocentemente.
Um misto de ansiedade,alegria e medo tomou conta de mim.
O João já estava com 7 anos e não passava pela minha cabeça ter outro bebê,mesmo porquê estávamos,eu e meu “husband” num momento de transição de empregos: largávamos emprego e carreira para nos aventurarmos no nosso próprio negócio.
Além disso, e sei que era o que mais me amedrontava,fazia poucos meses que eu tinha perdido um bebê aos 6 meses de gestação...um serzinho que nem cheguei a ver seu rostinho,mas que já amava.
Um filme (trash) passava pela minha cabeça...
Resolvi fazer o teste de farmácia: POSITIVO!
Mas testes de farmácia não são confiáveis,pensei.
Bora pro laboratório!
Após intermináveis 2 horas,o resutado: POSITIVÍSSIMO!!!
Meu Deus,o que fazer agora?
Liguei para o “husband” e não conseguia nem falar...só chorava.
Após minutos de descontrolamento e já deixando o coitado em desespero,dei a notícia: PQP! Pensei que tivesse acontecido alguma coisa!- responde ele do outro lado da linha.
Já mais controlada:Como assim?Aconteceu,estou grávida!E agora?
Buááááááá....
Bem passada essa cena patética, a ficha caiu e me dei conta de que já não estava mais sozinha: uma “serzinha” (após inúmeros ultrassons,descobrimos que seria uma princesinha) estava dividindo o mesmo corpo comigo e,mais tarde, as mesmas vontades, a mesma falta de espaço... e seguimos em frente,esperando para nos conhecermos e descobrindo,a cada dia, uma nova posição para dormir,para sentar...
Revivia sentimentos e sensações “adormecidos” em minha mente:
Redescobria que o dia tinha mesmo as 24 horas; que as madrugadas eram silenciosas (cada vez que ela me dava um ponta pé e precisava sair rumo ao banheiro);que o sono era incontrolável e a fome e os desejos surreais...
Enfim,revivia o milagre da vida e de Deus se desenvolvendo dentro de mim.
Tinha mais um motivo,além do João,do maridão,da família,dos amigos , para viver e sobreviver ás adversidades: a pequena Maria Eduarda, a “Duda”, logo estaria nesse mundo doido...só não sabíamos que seria muito apressadinha!
Mas isso é assunto do próximo post...