quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Como um grande reencontro : A forte ligação de amor entre João e Duda...


Quando minha gravidez foi confirmada,o João fazia questão de dizer pra todo mundo que foi ele quem “descobriu” que havia um bebê na minha barriga.
“Minha mãe nem sabia que tinha um neném na barriga dela,mas eu já sabia e também sei que é uma irmãzinha”.
Mesmo um pouco enciumado,pois até então reinava absoluto e teria,em pouco tempo, que dividir seu reinado com uma princesinha,ele estava radiante e ansioso com essa gravidez.
Tenho até um pouco de vergonha de escrever isso,mas hoje entendo que o João,com a ingenuidade de seus 7 aninhos,foi o único que curtiu desde o começo e de modo pleno essa gestação: ele sabia (não me perguntem porquê) que dessa vez seria diferente...
A criança vive intensamente o momento presente e nós adultos nos apegamos ao passado:
Se por um lado eu revivia o milagre da vida e de Deus se desenvolvendo dentro de mim,por outro lado o temor de perder novamente um filho não me deixava curtir plenamente esse momento...Tinha medo de me apegar e ter que “devolvê-la” a qualquer momento e sem nenhuma explicação.
Percebia que as pessoas a minha volta também tinham receio: até os seis meses de gestação (tempo em que perdi meu outro bebê) ninguém festejava muito minha gravidez,não ganhava muitos mimos, roupinhas...e quando alguém se “aventurava” a trazer um presentinho via a indagação em seu olhar: será que fiz certo?
Mas o João não!
Ele conversava com a irmãzinha na minha barriga, ele cantava pra ela e dizia eu te amo!!!
Sem medo de nada e com a certeza de que se (re) conheceriam ele a esperou...
Esperou impacientemente os 7 meses e meio de gestação e mais os dias de Uti Neonatal.

Quando nossa “passarinha” chegou em nossa casa,ele disfarçou,fingiu que não ligou muito,mas quando todos foram embora ele chegou bem pertinho dela e disse:
Você é linda... o irmão ama muito você “Teca”!
Nessa hora percebi que ,como sempre, Deus é maravilhoso e nos mostra a dimensão do amor refletido em várias formas de expressão: O João se declarava verbalmente e sua “Teca” o olhava encantada.

A primeira palavra que ela falou não foi mamãe e nem papai, foi “ ÃO”.

E ,ainda hoje,a adoração de um para com o outro é recíproca.

Que eles caminhem juntos ,sempre unidos e se amando incondicionalmente, extrapolando os limites do tempo, continuando quando e onde Deus assim o permitir...

2 comentários:

lia disse...

E verdade florrrrr

AÕ e fato não so foi a primeira palavra como ela chama ele o tempo
todo a felicidade quando chega em casa e ve ele e lindo de ver!!!!!!!
e da ate medo dessas crianças q preveem o futuro neh!
Mãmae tem um nene ai dentro da sua barriga aiiiiiiiiiiiiiiiii

bjs...............

Janaina Marcondes disse...

Agora eu sei mto bem o q significa essa relação de amor entre irmãos que muito pouco conseguimos explicar....
A Gábi curtiu minha gravidez do início ao fim, mas qdo a Duda nasceu ela sentiu e sente até hoje o que é ter o seu espaço, o seu tempo dividido... Porém, por trás disso tudo existe um AMOR tão gde entre as duas que os probleminhas do dia-dia ficam pequenos qdo uma vê a outra!
A Duda simplesmente grita ao ver a irmã (coisa que só acontece com elas!) e qdo a Gábi sai e passa um ou dois dias longe de casa, qdo chega, o abraço é de tanta saudade...Tão verdadeiro!
Eu sei que uma vai complementar a vida da outra daqui pra frente e com certeza o que era bom, ficará muito melhor...Sempre!